ANÁLISE: Palmeiras conquista outro título, reforça patamar alto e entra, de vez, em 2022

Como era de se esperar desde o começo do Paulistão-2022, o Palmeiras levantou o título estadual deste ano. A goleada por 4 a 0 sobre o São Paulo, no último domingo, mostra que o patamar alviverde é bem diferente dos demais rivais do estado e que a última derrota foi um acidente de percurso. Agora, depois de duas conquistas, o clube deve encarar pendências postergadas.

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No último domingo, o Allianz Parque presenciou um dos maiores “amassos” de sua história. Os são-paulinos podem até reclamar de um lance ou outro da arbitragem, mas quem esteve no estádio, viu que o Verdão faria quantos gols fossem necessários para reverter a vantagem adquirida pelo rival no primeiro jogo da final. A verdade é que a diferença atual entre os times, quando estão em seus ápices, é do tamanho da goleada por 4 a 0, ou até muito maior.

O desequilíbrio técnico, tático, físico e emocional foi enorme, não houve adversário para o Palmeiras em campo. Em certos duelos individuais, chegou a “dar dó” de alguns jogadores do Tricolor, que pareciam juvenis enfrentando adultos. O Alviverde é um time cascudo, com muitas finais nas costas (uma a cada dois meses em média), e com muitos atletas que já disputaram dez ou mais partidas de decisão. Além de tudo, é uma equipe experimentadíssima.

Todo esse cenário só faz pensar que aquela derrota por 3 a 1 no Morumbi foi um acidente de percurso, talvez pelo pênalti mal marcado pela arbitragem antes do intervalo, algo que mudou a partida, não há como negar. Por causa desse revés, o Verdão não terminou o estadual invicto, o que reforçaria ainda mais a facilidade com que encarou o torneio e a superioridade na comparação.

Não foi possível manter a invencibilidade, mas o título ficou com o Palmeiras, que somou sua quinta taça em nove finais com Abel Ferreira. Somente em 2022, já levantou a taça da Recopa Sul-Americana e do Paulistão, além do vice no Mundial de Clubes, disputando todas as partidas possíveis para a equipe neste ano até aqui. Há quem diga que agora, com Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil, é que o ano realmente vai começar no futebol do país.

E para o Palmeiras isso pode ter um efeito semelhante, uma vez que o clube e Abel Ferreira admitem publicamente que a preparação, até aqui, levou em conta priorizar o Mundial e a Recopa, sem dar tanta importância ao Paulistão, mas a vontade dos jogadores levou o time a mais uma conquista com força máxima. A partir desta semana, será a hora de encarar 2022 de vez.

Primeiramente com as viagens longas da fase de grupos da Libertadores, que testará o nível físico e técnico do elenco, e que dividirá os próximos meses com Brasileirão e Copa do Brasil. Pode ser aí a oportunidade de analisar se será necessário ou não reforçar o grupo no meio da temporada, contando também com as possíveis saídas na janela de verão na Europa. Danilo é o mais provável.

Essa questão foi mantida em “Banho Maria” nesses últimos tempos por conta do “fechamento” do grupo focando nas disputas citadas acima. Além disso, as renovações contratuais ficaram em “stand by”. São os casos de Marcos Rocha, Gustavo Scarpa, Jailson e Marcelo Lomba, cujos vínculos são válidos até o fim deste ano. Deyverson, por sua vez, tem contrato somente até o meio de 2022.

O centroavante não deve permanecer e será liberado quando terminar o vínculo, mas os outros quatro devem ser procurados de forma mais consistente pela diretoria para tratar de suas renovações. A ideia é prorrogar o contrato de Scarpa, Rocha, Jailson e Lomba, considerados peças importantes no elenco.

De certa forma, 2022 começa de vez para o Palmeiras e de olho em mais títulos, agora buscando confirmar seu alto patamar em nível nacional e continental. No estado, pelo jeito, os adversários estão uns degraus atrás.

LANCE!

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