Agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), iniciaram esta semana a verificação e substituição das 3.500 das armadilhas instaladas em residências para captura do mosquito da dengue. A meta é ampliar para 4.500 o número de armadilhas, possibilitando o monitoramento da forma adulta do mosquito em todas as regiões da cidade.

“As equipes estão fazendo a revisão do equipamento, avaliando a condição de cada armadilha e trocando as que precisarem de substituição”, explica Jean Rios, Coordenador do Programa de Vetores do CCZ. Os trabalhos começaram na segunda-feira (1º), mas devido à chuva, foram interrompidos nesta quinta e sexta. A retomada das visitas está programada para segunda-feira, (8)

O indicador da forma adulta, por meio das armadilhas, teve início em 2006. Antes dela, outras haviam sido testadas sem sucesso. A armadilha utilizada no município é a ADULTRAP, que permite a captura de mosquitos adultos vivos, por isso passou a ser utilizada como ferramenta entomológica. A partir de 2017, o Índice de Positividade de Armadilhas – IPA foi implantado nas atividades de rotina do CCZ.

Foz do Iguaçu foi um dos primeiros municípios brasileiros a adotar esse indicador, enquanto os demais utilizam apenas a verificação da presença de larvas e pupas nos quintais das residências.

Desde a sua instalação, esta é a primeira vez que as armadilhas serão trocadas. “Sabemos que pelo menos 300 delas estão danificadas e precisam ser trocadas”, comentou Rios. O restante do lote deverá ser instalado em quarteirões que possuem maior quantidade de imóveis, aumentando o número de leituras e consequentemente a captura de mosquitos adultos. Hoje, a cada 20/25 residências na cidade, uma delas possui a armadilha.

Metodologia

As armadilhas são de plástico e contém uma pequena quantidade de água, servindo de atrativo para fêmeas em época de desova.  São colocadas em locais escuros, protegidos da ação direta da luz e da chuva, e verificadas com periodicidade pela equipe do CCZ. 

Para realizar um monitoramento eficiente, o CCZ conta com a parceria do Centro de  Medicina Tropical da Tríplice Fronteira, responsável pela realização de exames para a detecção viral nas amostras recebidas. Durante a leitura das armadilhas, os agentes fazem a coleta dos mosquitos capturados e encaminham ao laboratório do CCZ para serem identificados. As fêmeas vivas são congeladas e encaminhadas ao CTM. Desde sua implantação, já foram detectados os sorotipos DENV-1, 2 e 4, além de Zika e Chikungunya nos mosquitos capturados.

Levantamento

No último LIRAa, realizado no início de maio, foram amostrados 4.781 imóveis, com 2.315 armadilhas, com a coleta de 792 amostras. Desse total de imóveis, em 43 deles foram encontradas e capturadas 387 amostras de formas imaturas (larvas e pupas), e em 344 armadilhas foram capturadas 405 amostras da forma adultas (mosquito). Mais de 80% das amostras foram de Aedes aegypti, mantendo a predominância em relação aos outros mosquitos. Das 27 amostras enviadas ao CTM, 4 delas deram positivo.

Assessoria 

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