A Conmebol anunciou nesta quarta-feira (17) a suspensão de dois árbitros do duelo entre Argentina e Brasil, na última terça-feira, em San Juan, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022. Os uruguaios Andrés Cunha, árbitro de campo, e Esteban Ostojich, responsável pelo VAR, foram punidos por tempo indeterminado pela não expulsão de Otamendi em lance com Raphinha.
Segundo a entidade, houve “erro grave” dos juízes da partida, que consideraram a cotovelada do defensor argentino no atacante brasileiro como “uso indevido do braço dentro do limite”.
Aos 33 minutos, Raphinha fez jogada pela direita, deixou Acuña para trás, mas perdeu a bola para Otamendi. Após dividirem ainda dentro da área, o zagueiro albiceleste abriu o braço e acertou o rosto do brasileiro, que cortou a boca e precisou levar cinco pontos no intervalo.
“Eu considero que aqui o golpe é com o antebraço no rosto, com intensidade média. Sim, no rosto. Isto me parece que é falta, para cartão amarelo. Não considero cartão vermelho”, disse Esteban Ostojich, responsável pelo VAR, durante a checagem do lance.
Veja o diálogo do VAR
AVAR: Cuidado com o rosto
ASSISTENTE: Toca a perna, para mim não há golpe. Venha, por dúvidas.
AVAR: Cuidado com a cara.
ASSISTENTE: Eu não vejo golpe.
VAR: Com o antebraço, na cara. Me dá em velocidade normal, quero ver a intensidade.
VAR: É com o antebraço. Deu falta pelo menos?
AVAR: Não.
VAR: Eu considero que aqui, o golpe é com o antebraço no rosto, com intensidade média. Sim, no rosto.
VAR: Isso me parece que é falta, de cartão amarelo, não considero cartão vermelho. Estamos de acordo?
AVAR: Estamos de acordo.
VAR: Andrés, checagem completa. Uso de braços indevido ao limite. E é fora da área.
A seguir, o VAR, após concluir a checagem, volta atrás e verifica novamente se o lance foi dentro da área ou fora da área.
VAR: Me dá 10 segundos a mais, por favor. Volta.
AVAR: Espera, não recomeça, espera.
VAR: Vamos confirmar. Fora, o golpe é fora. Vamos, siga.