A família de Lívia Ziamini, a adolescente de 16 anos que sangrou até a morte após ir até um motel com um homem, de 29 anos, ainda busca respostas para tentar entender o que aconteceu com a menina. A situação foi registrada em 20 de janeiro deste ano e, 10 meses depois, os familiares ainda não tiveram acesso aos laudos do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba que devem explicar qual a causa da morte de Lívia.
De acordo com a advogada da família, Adriana Sotto Maior, ainda não há informações sobre os resultados dos exames de necropsia e toxicológico realizados no corpo de Lívia. “Nos já temos na verdade vários laudos no processo, só que nenhum deles diz qual é a causa morte, então nós precisamos do laudo de necropsia para enfim encerrar essa questão, de repente, se for o caso, partir em busca da justiça, ou simplesmente dar essa paz e a família poder tocar a vida”, explicou Adriana.
A mãe de Lívia, Ana Paula, relata que, até hoje, os familiares não sabem o que aconteceu, se a adolescente foi vítima de algum tipo de crime ou se acabou falecendo em decorrência de alguma complicação clínica rara.
“Nenhuma resposta, não tenho acesso ao exame, não sabemos o que aconteceu, nós sabemos que ela teve uma hemorragia muito forte e só isso. Não temos ideia do motivo que causou essa hemorragia, se ela foi agredida, se foi dopada, o que aconteceu lá, ninguém sabe até hoje”,
disse a mãe de Lívia.
Segundo o que foi apurado pela equipe da RIC Record TV Curitiba, devido a demora para conclusão dos laudos, o Ministério Público do Paraná (MPPR) enviou um pedido, em setembro de deste ano, para que o IML se manifestasse em até 90 dias. Ao ser questionado pela RIC Record TV sobre o atraso, o IML alegou falta de estrutura e de pessoal para atender a demanda de Curitiba.
Encontro no motel
Lívia conheceu Lucas Nascimento de Carvalho, de 29 anos, pela internet e pediu para a família para sair com o rapaz. A adolescente tinha dito que iria apenas em um shopping e que voltaria logo. Cerca de uma hora depois, porém, a família da jovem recebeu uma ligação avisando que ela tinha dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme o depoimento de Lucas, a adolescente e ele teriam ido ao motel de forma consensual. No local, porém, a jovem teria começado a sangrar muito. O homem ligou para o socorro e, diante da previsão de demora da ambulância, colocou Lívia no carro e a levou até a UPA. A menina chegou já sem sinais vitais, com uma forte hemorragia nas partes íntimas, e não resistiu.
Lucas afirmou que não cometeu nenhum crime e que não agrediu a adolescente. Ele chegou a ser preso, mas foi solto no dia seguinte. A causa da morte ainda não foi revelada.
RICMAIS