O Palmeiras se reapresenta nesta segunda-feira, após três dias de folga, e com a diretoria se mexendo para conseguir trazer um terceiro reforço pedido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Na sexta-feira, o clube enviará para a Conmebol uma lista com os 30 jogadores inscritos na Libertadores, e há uma busca para que Daniel Muñoz, lateral-direito do Atlético Nacional, esteja nela.
As dificuldades iniciais na conversa com o clube colombiano não colocaram um fim na negociação. Há duas semanas, o diretor de futebol Anderson Barros esteve em Medelín e ouviu dos dirigentes do Atlético Nacional não só que se recusam a vender o principal jogador do time, mas também a conversar com o Verdão, que ainda não pagou US$ 3 milhões referentes à contratação de Borja. Mas, recentemente, houve mais uma conversa, muito animadora.A diretoria acabou de trazer Rony, em uma novela que durou quase dois meses por um desacerto inicial entre o atacante e o Athletico-PR. Por isso, ainda crê ser possível fechar com Daniel Muñoz. Não há grande expectativa, contudo, para que tudo se concretize a tempo de inscrevê-lo na Libertadores, embora essa seja a ideia.
O jogador já vinha sendo acompanhado pelo clube e agradou ao ser visto de perto no empate por 0 a 0 diante do próprio Palmeiras, na Florida Cup. O lateral-direito tem as características que Luxemburgo gostaria de encontrar em alguém no setor, com velocidade, capacidade defensiva e chegada frequente ao ataque, tal como faz Matías Viña, lateral-esquerdo uruguaio ex-Nacional.
Mesmo com Marcos Rocha e Mayke à disposição – ambos estão machucados no momento -, a vinda de Muñoz é vista como necessária. Antes disso, no entanto, será necessário continuar conversando com os colombianos, e ciente de que a contratação não será barata. O lateral-direito de 23 anos é capitão e destaque da equipe, com passagens pela seleção do país. E a irritação em relação a Borja, hoje emprestado ao Junior Barranquilla, também pesa.
Palmeiras e Atlético Nacional tiveram uma divergência recente, quanto a compra de 30% dos direitos econômicos de Borja por parte do Verdão, dono dos outros 70%. Os colombianos entendiam que, se o centroavante não fosse vendido até agosto de 2019, o Verdão teria de adquirir esta fatia por 3 milhões de dólares (pouco mais de R$ 11 milhões na época).
O clube brasileiro ainda não fez o pagamento, por considerar que não há prazo definido e por ter um acordo verbal para repassar a quantia em caso de uma venda. A diretoria do Atlético Nacional disse que iria levar o caso à Fifa – no momento, Borja está emprestado ao Junior Barranquilla (COL).