A ascensão do Cruzeiro na tabela de classificação da Série B, chegando a 11ª posição, tirou do “fundo do armário” celeste o sonho de conseguir encostar no G4 e quem sabe até conseguir o acesso. A goleada por 4 a 1 sobre o Brasil de Pelotas, com boa atuação, inflaram a esperança do torcedor cruzeirense.
O técnico Luiz Felipe Scolari comentou de forma positiva a postura do time, que vinha de três resultados ruins em casa, com o treinador falando até em abalo emocional da equipe nas partidas no Mineirão.
Felipão disse que quando o Cruzeiro sai na frente do placar, consegue ficar mais estável em campo. Ainda assim, o técnico quer ajustar o time, mesmo com os quatro gols em cima dos gaúchos.
“(A goleada) Pode significar um pouco mais de confiança da equipe, deve significar que temos uma boa equipe, que temos que saber respeitar o adversário, que temos que conhecer o adversário para não correr tantos riscos, como corremos nos jogos que fizemos anteriormente, contra Guarani, Figueirense e Confiança. Vamos ver se nós melhoramos a nossa parte final, em relação aos gols. Está mais uma vez comprovado: saindo na frente, a gente tem uma equipe mais compacta, mais criativa, com mais confiança, e foi isso que aconteceu hoje-disse”.
O comandante cruzeirense também se mantém firme na fala de que a meta inicial é sair do rebaixamento. Ele não se ilude com as chances de acesso. Bem, por enquanto não, mas pode mudar de ideia com o passar das rodadas.
“Nosso objetivo principal segue o mesmo. Nós éramos, há nove rodadas, 19º colocados, agora somos 11º. Estamos a oito ou nove colocações na parte ruim e, no mínimo, sete da colocação que nos dá uma felicidade enorme, que é uma classificação. Mas, desses sete ou oito que estão na nossa frente, cada um tem sete, oito, nove ou dez pontos na nossa frente, e nem todos vão perder ao mesmo tempo, assim como nós não vamos ganhar. Não vamos mudar o discurso, não vamos fazer nada diferente, até ter atingido a pontuação de 42, 43, minimamente, para respirar-comentou”.
Sobre ter encontrado um time, com três volantes e três atacantes, Felipão disse que a manutenção dessa formação vai depender de uma avaliação dos desgastes fisicos dos jogadores.
“Depende da análise, do estado físico, porque possivelmente vocês notaram que o Brasil estava bastante desgastado, por isso teve dificuldades. Nós temos seis jogos em 22 dias, aí a gente tem dez jogadores com (dois) cartões amarelos. Temos que ver, colocar a equipe em campo, ver parte física, os cuidados com a Covid-19, ver tudo isso para que a gente sempre tenha uma, equipe ideal para o jogo-concluiu”.
Lamento por não trabalhar com Sobis antes
Felipão deu uma declaração curiosa em sua coletiva. Disse lamentar não ter trabalhado antes com Rafael Sobis, de quem é amigo há 20 anos. Ele revelou que nunca surgiu a chance de estarem na mesma equipe nos anos mais intensos do atacante no futebol.
“É uma pena que só no final da minha carreira esportiva eu tenha trabalhado com o Sobis. A gente é amigo há praticamente 20 anos, mas nunca conseguimos, como treinador e jogador, estarmos juntos. Estamos juntos agora, e é um prazer e uma alegria enorme trabalhar com o Sobis, porque ele é um jogador inteligentíssimo e tem um caráter, um comando, uma forma de ver e encarar os jogos e os treinamentos, que são diferentes de muita gente. Ele veio para o Cruzeiro também porque o Cruzeiro, através de uma situação que já existia e que poderia ser acertar – e foi acertada -, ficou ótimo para o Cruzeiro, para o Sobis e, para mim, melhor ainda, porque tenho um jogador altamente qualificado e que sinto pena por só ter trabalhado agora, porque poderia ter trabalhado há dez anos, quinze anos, e seria mais tranquilo do que agora. Elevem fazendo seu papel, juntamente com a equipe, e esperamos que possamos conseguir o primeiro objetivo rapidamente”.
“É uma pena que só no final da minha carreira esportiva eu tenha trabalhado com o Sobis. A gente é amigo há praticamente 20 anos, mas nunca conseguimos, como treinador e jogador, estarmos juntos. Estamos juntos agora, e é um prazer e uma alegria enorme trabalhar com o Sobis, porque ele é um jogador inteligentíssimo e tem um caráter, um comando, uma forma de ver e encarar os jogos e os treinamentos, que são diferentes de muita gente. Ele veio para o Cruzeiro também porque o Cruzeiro, através de uma situação que já existia e que poderia ser acertar – e foi acertada -, ficou ótimo para o Cruzeiro, para o Sobis e, para mim, melhor ainda, porque tenho um jogador altamente qualificado e que sinto pena por só ter trabalhado agora, porque poderia ter trabalhado há dez anos, quinze anos, e seria mais tranquilo do que agora. Elevem fazendo seu papel, juntamente com a equipe, e esperamos que possamos conseguir o primeiro objetivo rapidamente”.