Esta foi uma daquelas ocasiões nas quais é necessário furar a bola em determinado momento para não ter mais jogo. Pois o Flamengo voltou a sofrer as consequências de experimentar treinadores sem capacidade para o cargo, o que resultados improváveis estavam mascarando. Assim, sofreu derrota das mais justas, de 4 a 0 do Bragantino. Foi uma das apresentações mais ridículas do ano. Pairou, sobre o interior paulista, a sombra do gênio lusitano Vitor Pereira, às gargalhadas, tendo a certeza que a semente do mal que plantou na Gávea está produzindo campo fértil.
Jorge Sampaoli, que assumiu efetivamente em 16 de abril, ainda não completou os três meses previstos aqui para a sua permanência no clube. Mas o prazo que continua valendo, pois com o Andarilho de Rosário o Rubro-Negro fechará 2023 sem um único título. Assim, iguala 2022, quando também disputou oito competições e não ganhou nenhuma. A pergunta que fica continua sendo: quando os cartolas vão mandar o argentino embora? O que fez o dito cidadão em 10 dias de treinamentos? Acompanhou a tragédia do submersível Titan?
Flamengo irreconhecível
O Flamengo não entrou em campo em tempo algum. O Bragantino tocou a bola praticamente do começo ao fim da primeira etapa, e mesmo que não tenha criado um punhado de oportunidades, deixou sempre a impressão que marcaria gol a qualquer momento. O time carioca, estranhamente posicionado na retaguarda, devolvia o jogo ao adversário em todas as ocasiões que tinha a posse da bola, e não conseguia articular qualquer contra-ataque. A primeira finalização do Flamengo, chute torto de Pedro para fora, aconteceu aos 34 minutos.
Aos 39, Juninho Capixaba bateu de longe, Matheus Cunha fez grande intervenção, e na cobrança do escanteio, o óbvio: Eduardo cabeceou, e enfim, abriu o placar. Na realidade, a derrota de 1 a 0, até ali, foi um grande negócio. Embora o Rubro-Negro não tenha um técnico, mas um lunático que caminha para os lados, olhando para o chão, ainda havia a possibilidade de buscar uma forma de modificar radicalmente o lamentável panorama.
E no segundo tempo, mais vexame
Na volta do intervalo, apenas a troca de Éverton Ribeiro por Erick Pulgar, mas, na prática, nenhuma novidade, com o Bragantino mandando na partida, em duelo que lembrava aquela roda de bobo de marmanjos contra crianças. Aos quatro minutos, Henry Mosquera acertou um belo chute de fora da área e fez 2 a 0. Pois é. O Flamengo não via a cor da bola. Aos 14, Ayrton Lucas e Bruno Henrique substituíram respectivamente Léo Pereira e Pedro. E o time carioca continuou perdido, e de tal maneira que Alerrandro, com pouco tempo em campo, enfiou 3 a 0, quando o relógio marcava meia hora, placar modesto para o vexame. Que prosseguiu. Aos 35, Henry Mosquera invadiu a área, depois que Wesley caiu de maduro, e ampliou: 4 a 0.
Não há muito mais a dizer, mas apenas repetir a pergunta que não quer calar: quando os cartolas vão mandar Sampaoli embora? O Titan implodiu e o prazo de três meses do argentino está se esgotando.
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