O primeiro caso de coronavírus registrado em Foz do Iguaçu foi no dia 18 de março. No entanto, desde janeiro na Prefeitura Municipal já desenvolve um trabalho para informar, combater e evitar a disseminação do Covid-19.

O Plantão Coronavírus, criado pela Vigilância Epidemiológica e hoje coordenado pela Unila (Universidade Federal de Integração Latino Americana), é uma base de todo o trabalho de enfrentamento à doença. Através do contato telefônico, os moradores recebem informações e são encaminhados, quando necessário, à coleta de exames.

Quando uma pandemia de fato chegou, uma cidade também continha um Comitê de Enfrentamento, uma Central de Triagem e leitos exclusivos para pacientes diagnosticados com um Covid-19. Os trabalhos ganham força com a habilitação do laboratório municipal, uma ampliação sem número de testes, uma telemedicina, novos equipamentos, implantação de barreiras sanitárias e ampliação da rede de atendimento nos bairros. 

Segundo ou vice-prefeito Nilton Bobato, um município foi alertado em janeiro pela equipe de Vigilância Epidemiológica, através do enfermeiro Roberto Doldan. “Ele mostra os dados e informações e convence antecipadamente a que poderia acontecer. Já nessa época, optamos por antecipar, correr o risco de parecer precipitado ”, conta.

Em fevereiro, foi implantado no Centro de Triagem no complexo do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, para atendimento a casos suspeitos. Este complexo é o antigo Centro de Especialidades Médicas, da Avenida Paraná.  

Bobato conta que a Prefeitura reformulou rapidamente ou o antigo bloco para permanecer na disposição, caso ocorra uma pandemia antes do Hospital Municipal, adaptado para atender os pacientes. De acordo com ele, foi essa estruturação precoce que possibilitou ao município estar preparado para enfrentar um Covid-19 e evitar que a disseminação do vírus fosse intensa na cidade.

O vice-presidente explica que, desde o início, a preocupação foi centralizar os trabalhos no Hospital para evitar que as populações percorressem postos de saúde e UPAS, espalhando o vírus para outras pessoas.

Além disso, segundo ele, Foz do Iguaçu não teve nenhum paciente sem atendimento. Todos que precisaram de leitos de UTI ou enfermaria foram atendidos e nenhum paciente precisou ser transferido para outra cidade.

Também foi uma das primeiras cidades do país a vacinar os idosos contra uma queixa em casa. Foram mais de 29 mil pessoas com mais de 60 anos imunizadas em casa ou no sistema drive thru.

Legado do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu
Com uma pandemia ou Hospital Municipal aumentou seu número de leitos em 37%, passando de 211 leitos efetivos no início do ano para 289. Isso representa um incremento importante na oferta de leitos para uma região. De acordo com o Diretor Técnico do Hospital Municipal, o médico Fábio Marques, Foz do Iguaçu tem mais leitos de UTI por 100 mil habitantes da Alemanha.

“A parceria e o envolvimento com a Prefeitura foram fundamentais nesse processo, além do apoio ao governo do Estado e ao Ministério da Saúde. Também recebemos muito apoio de funcionários da cidade, empresários, da Unila, Unioeste, Itaipu, do Hospital Costa Cavalcanti, da Receita Federal, do Judiciário de Foz e de outras entidades. Foi uma união de muitos atores. “, disse o médico. 

Além disso, a Prefeitura criou a primeira Unidade de Terapia com Doenças Infecciosas do Oeste do Paraná (UTDI) com 12 leitos, inaugurada no dia 18 de maio, no Hospital Municipal.
Em 27 de julho, o município inaugurou uma nova ala com 21 leitos. Na UCE (Unidade de Cuidados Especiais), hoje destinada a pacientes graves com Covid-19, nenhum futuro poderá ser utilizado para cirurgias eletivas.

“Após uma pandemia pretendemos utilizar uma recém-inaugurada Unidade de Cuidados Especiais, com 21 leitos, para viabilizar a realização de cirurgias e procedimentos eletivos com intuito de zerar uma fila. Essa é uma grande necessidade da região”, afirma o diretor técnico do hospital.
Somados os leitos para Covid-19, somente o Hospital Municipal disponível de 103 vagas, distribuídos entre enfermaria e UTI.

Outro problema de pandemia foi a ampliação do laboratório de hospital em cooperação técnica com a Unila e o credenciamento junto ao LACEN para a realização de testes RT-PCR. Isso permitirá maior agilidade nos diagnósticos de síndromes respiratórias agudas, além da Covid.

Outras ações editadas foram realizadas pelo município, como:
• Flexibilidade do exame de RT-PCR em todos os casos com sintomas urbanos, sendo um dos primeiros municípios do estado em que essa flexibilização é implantada, enquanto o modo geral só faz os testes em quem é apresentado febre acompanhada de outro sintoma;
• Adaptação da Unidade Padre Ítalo, em Porto Meira, que atende 24 horas na região Sul da cidade com participação e coleta de exames;
• Ampliação dos testes diários de 200 para 400. O Laboratório Municipal de Foz do Iguaçu passou a contar com um termociclador de PCR em tempo real, ou permite a realização de testes do tipo RT-PCR com maior agilidade na identificação dos casos confirmados de coronavírus na cidade. Trabalho que foi possível graças a uma parceria com a Unila, que transferiu os equipamentos do Laboratório de Pesquisa em Ciências Médicas para o Hospital Municipal.

O Hospital Municipal se tornou o terceiro maior do Paraná
Diante de todos esses investimentos, o Hospital Municipal de Foz vem se consolidando como um hospital de referência na região Oeste do Paraná. “Não é utópico imaginar que possamos chegar a 400 leitos de internação no futuro próximo”, incluindo o Diretor Fábio.
Para isso, ele seleciona o próximo passo e envolve o credenciamento como hospital de ensino, ou o aprofundamento da parceria com universidades e credenciamento em alta complexidade para uma série de especialidades cirúrgicas como neurocirurgia e ortopedia.
“O Hospital Municipal tem tudo para tornar um grande polo de pesquisas, em parceria com as universidades da região. Queremos trazer como universidades para dentro do hospital. Pretendemos ampliar também nossa parceria com o setor privado e a cooperação com os países que compõem uma região trinacional ”, ressalta.

Assessoria 

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