Na manhã desta quarta-feira (25), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu três mandados de busca e apreensão em Foz do Iguaçu, com apoio de agentes de Cascavel. A operação investiga uma vereadora da cidade e um ex-assessor parlamentar, suspeitos de envolvimento no esquema conhecido como “rachadinha”. O ex-assessor é um Policial Federal aposentado.
Segundo o Gaeco, os investigados exigiriam o repasse de parte dos salários de assessores nomeados para o gabinete da vereadora na Câmara Municipal e de um servidor lotado no Poder Executivo Municipal. Esse esquema seria uma condição para que os funcionários comissionados permanecessem em seus cargos.
As ordens judiciais foram cumpridas nas residências dos investigados, na Câmara de Vereadores e no gabinete da vereadora. Os agentes recolheram celulares, documentos, computadores, dinheiro e outros itens que possam auxiliar na investigação de possíveis crimes contra a administração pública, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O Gaeco destacou que o pedido de busca e apreensão foi apresentado inicialmente em janeiro de 2024, mas negado pela 1ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu. O Ministério Público recorreu, e a decisão foi reformada pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, que autorizou a operação no dia 17 de setembro, com a expedição dos mandados ocorrendo na última terça-feira (24).
Por ser advogada, a vereadora contou com a presença do presidente da OAB/Subseção de Foz do Iguaçu e de membros da Comissão de Prerrogativas durante o cumprimento dos mandados.
A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu emitiu nota afirmando que está colaborando com a justiça. “Na manhã desta quarta-feira, agentes do Gaeco cumpriram busca e apreensão, limitando-se a um gabinete, onde recolheram documentos e um HD. Como a investigação corre em segredo de justiça, detalhes sobre os alvos devem ser solicitados ao Ministério Público”, informou a instituição.
GAECO