Governador Carlos Massa Ratinho Junior - Curitiba, 03-07-19. Foto: Arnaldo Alves / ANPr.

“O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) propôs nesta quarta-feira (3) um reajuste geral salarial de 5,09% aos servidores, parcelado em quatro anos. A proposta foi feita após mais de dois meses de um impasse que levou à greve de parte dos servidores estaduais.

“Pela proposta será concedido reajuste de 0,5% em outubro deste ano, 1,5% a partir de março de 2020, 1,5% a partir de janeiro de 2021 e 1,5% a partir de janeiro de 2022. No caso dos índices de 2021 e 2022, o reajuste está atrelado a um crescimento da receita corrente líquida do estado.

O grupo de servidores estaduais que se concentra em frente ao Palácio Iguaçu reagiu mal à proposta, com palavras de ordem como “proposta indecente”, “vergonha” e “a greve continua”. O comando de greve vai encaminhar a proposta para os sindicatos e cada categoria vai levar para assembleia. Enquanto isso, a paralisação está mantida.

Haverá aumento de imposto?
Na última declaração pública sobre a reivindicação da categoria, no dia 20 de junho, Ratinho afirmou que não havia possibilidade de reajuste salarial para este ano, a menos que houvesse aumento de impostos. Nesta quarta (3), o governador não comentou de onde sairá a verba para o aumento da despesa com pessoal.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Hussein Bakri, garantiu que não haverá aumento de impostos e afirmou que parte da economia virá do fim de novas licenças prêmio (as já adquiridas serão preservadas). O funcionalismo reagiu: “estamos dispostos a qualquer debate, desde que a proposta não retire direitos. Isso é inaceitável”, disse Marlei Fernandes, coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais.

Os servidores pediam um reajuste imediato de 4,94% referente à reposição da inflação dos últimos 12 meses. Com salários congelados há três anos, as perdas decorrentes da inflação já teriam passado de 17%, segundo o Fórum das Entidades Sindicais (FES), que reúne diversas categorias do funcionalismo estadual.

O governador disse também que, caso haja crescimento da economia brasileira superior a 0,8%, que é o índice considerado pela pasta da Fazenda, as parcelas do reajuste podem ser superiores.

 

Fonte: Gazeta do Povo

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