A redução das linhas do transporte coletivo em Foz do Iguaçu e retirada dos cobradores para evitar a proliferação do novo coronavírus, resultou na demissão em massa desses trabalhadores. Em março, a frota de 160 ônibus foi diminuída para 20, junto com o fechamento do comércio. Em abril, o número de ônibus foi aumentando para 42, mas ainda sem a presença de cobradores.
A situação colocou em debate a discussão da necessidade de cobradores no transporte coletivo da cidade, que agora temem não retomarem seus postos de trabalho após o fim do decreto municipal de calamidade devido a pandemia de Covid-19. Desde março, quase 200 trabalhadores do transporte coletivo de Foz do Iguaçu receberam aviso prévio.
Na segunda-feira (18), o diretor-superintendente do Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), Fernando Maraninchi, afirmou que existe uma lei na cidade que obriga o posto de cobrador nos ônibus do transporte coletivo.
“Em Foz do Iguaçu existe uma lei dizendo que precisa ter cobrador, então isso não pode ser discutido nesse momento. Pode ser discutido em um novo contrato. O que existe são (ônibus) alimentadores que não possuem cobradores, mas na grande maioria tem e precisa continuar existindo os cobradores. Eles foram retirados apenas nesse momento de pandemia pela segurança do próprio cobrador”, disse Maraninchi.
O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Foz do Iguaçu (Sitrofi) informou que um acordo com as empresas garante a volta dos cobradores assim que a situação for normalizada, após a revogação do decreto de calamidade.
Dos 60 mil usuários diários do transporte coletivo, atualmente apenas 16 mil utilizam o serviço, sendo 10 mil pagantes e 6 mil gratuidades. A redução no número de passageiros resultou na queda da arrecadação das três empresas que compõe o transporte coletivo da cidade e consequentemente, na demissão dos funcionários.
Rádio Cultura