Márcia Mendes, mãe de Bruno Caniggia Mendes, pede por justiça pela morte do filho, que foi espancado em uma festa com supostos amigos em uma chácara em São Mateus do Sul. A situação teria acontecido entre a noite do último sábado (9) e a tarde de domingo (10). O jovem chegou a ser internado, mas morreu no hospital dias depois, na última quinta-feira (14).
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, um dos convidados do evento filmou Bruno caído imóvel, agonizando, e disse que o rapaz estava quase morto. Nas imagens, ninguém aparece prestando socorro à vítima, há vozes de pessoas conversando e rindo, e quem está gravando o vídeo diz: “olha o que fizeram com o Brunão? Tá morto praticamente, só respirando”.
Veja o vídeo:
https://youtu.be/JgUXODM8zSY
Ainda, a mãe de Bruno afirma os amigos do jovem teriam continuado a festa mesmo o vendo gravemente ferido, jogado em um canto, e que ele só teria sido levado ao hospital depois do fim do evento. “Após aquilo tudo que ele filmaram, colocaram nas redes sociais, todo o sofrimento do Bruno, depois disso, ainda festaram, fizeram festa o resto da noite, depois disso que foram jogar o menino lá no Pronto Atendimento meio-dia. Você veja o sofrimento, para quem saiu da minha casa sete e meia da noite”, disse Márcia.
“Por que tanta violência? E por que que não socorrem esse menino na hora? O Bruno não vai voltar, eu sei, eu tenho consciência disso. Mas meu sofrimento agora se torna cada dia maior”.
O advogado da família de Bruno, Igor Ogar, afirmou que o jovem provavelmente não sabia que os amigos poderiam ser perigosos. “O Bruno acredito que não sabia que esses amigos se tratavam de pessoas perigosas, e estava ali confraternizando e se divertindo com esses elementos”.
Indignada com a falta de cuidado com o filho e com a impunidade dos suspeitos, a mãe da vítima lamentou a perda. “Eu converso com Deus e pergunto para ele: ‘o que o Bruno fez para ser tão violentado, tão exposto?’, porque aquilo foi expor o sofrimento inteiro do ser humano. E ainda sente o prazer de filmar o que tá fazendo, é porque as pessoas não têm limite”, desabafou.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Mateus do Sul, mas até o momento ninguém foi preso. “Com toda essa situação esperamos sim que a autoridade represente pela prisão preventiva dessas três pessoas, que já existem indicativos suficientes de autoria na participação dessas agressões praticadas contra o Bruno, que o levaram a morte. Trata-se de um crime de homicídio, homicídio qualificado inclusive”, disse o advogado Igor Ogar.
RICMAIS
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