Encontrado após ter sido dado como desaparecido no último domingo, Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians, relatou os momentos de tensão que viveu durante um sequestro no sábado, após um show na Neo Química Arena.
Em entrevista na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em São Paulo, nesta segunda-feira, Marcelinho disse ter sofrido um sequestro em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, horas depois do show, ao lado de uma mulher.
– Independentemente de ser uma pessoa notória ou não, foi um trabalho brilhante da Polícia, rápido, por causa de duas vidas. A Taís é minha amiga há três anos, conheço o ex-marido e os dois filhos dela, é uma mulher íntegra, guerreira e estão falando uma porção de coisas que não têm nada a ver. Conheço ela e todas as outras pessoas. O fato do sequestro é o quê? Eu fui no show do Thiaguinho no sábado, e saí dela por volta de 0h40 da Neo Química Arena, voltando para casa, eu moro em Arujá, falando que domingo não poderia ir porque estaria num evento do Corinthians no centro de treinamento.
– Na rua de baixo da casa dela, tem festa de comunidade, o funk, rolando aquilo tudo. Conversando ali chegaram três indivíduos e me abordaram. E aí tomei essa coronhada na minha cabeça, depois não vi mais nada. Quando entrei no carro, já colocaram o capuz e não vi mais nada – disse Marcelinho.
O veículo de Marcelinho, que atualmente mora em Arujá, também na Grande São Paulo, havia sido localizado abandonado nesta segunda-feira. De acordo com a Polícia Civil, Marcelinho Carioca foi libertado depois de ser mantido por algumas horas em cárcere privado. A motivação do sequestro não foi divulgada.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Marcelinho Carioca aparece dizendo que foi sequestrado pelo marido de uma mulher com quem se relacionou no último domingo. Ela pede para que acreditem no ex-jogador. Marcelinho disse ter sido obrigado a divulgar a mensagem.
– Se você tem uma arma apontada na sua cabeça e ela te obriga a falar, o que você faz? Fui obrigado a falar, a Taís é brilhante, uma mulher guerreira, de fibra, trabalhadora, que não tem nada a ver, é apenas amizade. Eu vi tanta coisa, queriam dinheiro, estava preocupado com a minha vida e a vida dela. Você encapuzado não vê nada, só escuta, pedindo para ir no banheiro, água, comida.