Após o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, afirmar que o município atende 300 mil moradores do Paraguai em seu sistema de saúde, sobrecarregando o serviço, autoridades do país vizinho rebateram a informação.
De acordo com Carlos Pallarolas, chefe de Pneumologia do Hospital Regional de Cidade do Leste, os pacientes que buscam o serviço em Foz do Iguaçu não são paraguaios, e sim, brasileiros residentes no Paraguai.
“Não são paraguaios, são pacientes que com muito carinho chamamos de ‘brasiguaios’. Digo isso porque um paciente com apenas uma identidade paraguaia procura uma instituição e vai pagar como um paciente privado. O problema são os pacientes que tem dupla nacionalidade e isso sempre aconteceu”, disse o médico.
Pallarolas lembrou que durante o fechamento da Ponte Internacional da Amizade, o Conselho de Defesa Nacional (Codena) recebia pedidos de pacientes que faziam tratamento para o câncer, hemodiálise e outras doenças crônicas.
“Pediam a permissão de deixar o país para não interromper o tratamento, que são caríssimos. Durante todo esse tempo eles realizavam o tratamento e com o abertura muitos outros buscaram o serviço, porque são beneficiários”, contou Pallarolas.
Na última quarta-feira (24), foram habilitadas no Hospital Regional de Cidade do Leste mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que agora conta com 105 leitos destinados a pacientes com Covid-19.
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