Os grupos de paraguaios que recebem permissão de voltar ao país pela Ponte Internacional da Amizade devem cumprir um período de isolamento de 15 dias em albergues de Cidade do Leste. No último sábado (28), 150 cidadãos cruzaram a fronteira após sete dias de espera em Foz do Iguaçu e outro grupo permanecia na ponte na última segunda-feira, à espera de uma decisão.
O diretor da 10ª Região Sanitária, Hugo Kunzle, pediu a Marinha Paraguaia, que faz a segurançana zona primária da ponte, que não permita a entrada de mais cidadãos ao país. Segundo o médico, não há condições de atender mais pessoas em quarentena na cidade.
A orientação de Kunzle é apoiada pela Associação Médicos de Cidade do Leste, que se manifestaram contra a entrada de mais pessoas pela fronteira.
“Não é possível levar mais ninguém aos albergues, para que não se misturem com os que já estão em quarentena. Não acredito que o ministro da saúde não saiba disso ou que esteja de acordo com o que os marinheiros querem fazer”, disse a médica Idalia Medina, presidente da Associação de Médicos.
Idalia responsabilizou a Marinha pela intensão de levar mais paraguaios que estão na fronteira aos albergues onde já estão pessoas cumprindo isolamento. Os médicos continuam na zona primária tentando impedir mais imigrações.
“Entendemos as condições humanitárias dos compatriotas, mas a Saúde Pública já não possui profissionais suficientes para atender mais pessoas em isolamento. Nossa capacidade operativa já está esgotada” disse Arturo Portillo, médico membro da Associação.
A Marinha Paraguaia informou que antes de repatriar os 150 cidadão no último sábado, chamou o Dr. Kunzle para explicar que havia uma ordem para o ingresso dessas pessoas. “Nós todos da saúde pública entendemos que não existe condições de atender mais pessoas em quarentena em lugares transitórios”, ressaltou Portillo.
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