No total, a Fifa vai distribuir o valor para 440 clubes de 51 países diferentes, em referência aos 837 jogadores que estiveram no Mundial. Pelos cálculos da entidade, cada atleta tem direito a US$ 10.950 (quase R$ 53 mil, pelo câmbio atual) por dia na Copa do Mundo, independente de quantos minutos esteve em campo ao longo da competição.
Trata-se de cifra superior ao que foi distribuído aos clubes após a Copa do Mundo da Rússia, disputada em 2018. Na ocasião, a Fifa calculou o valor de US$ 8.530 (R$ 41 mil). Na prática, o valor será pago aos clubes, e não aos jogadores.
O montante será direcionado às confederações às quais os times estão ligados. No caso dos times brasileiros, o dinheiro será transferido para a Conmebol e terá a CBF como intermediária entre a entidade sul-americana e os clubes brasileiros.
O Flamengo será o time que receberá o valor mais alto: US$ 883.335 (R$ 4,2 milhões). O time carioca é seguido por Palmeiras (US$ 368.664/R$ 1,7 milhão), São Paulo (US$ 309.349/R$ 1,5 milhão), Atlético-MG (US$ 129.580/R$ 630 mil), Athletico-PR (US$ 91.253/R$ 440 mil) e Santos (US$ 15.513/R$ 72,5 mil).
O clube que mais embolsará em nível mundial será o Manchester City, com US$ 4.596.445, equivalente a R$ 22,2 milhões. O Barcelona vem logo atrás, com US$ 4.538.955 (R$ 21,9 milhões), sendo seguido por Bayern de Munique (US$ 4.331.809/R$ 20,9 milhões)), Real Madrid (US$ 3.836.302/R$ 18,6 milhões) e Paris Saint-Germain (US$ 3.835.389/R$ 18,5 milhões).
De acordo com a Fifa, os valores vão beneficiar ainda times menores de diferentes países. Serão 78 clubes de segunda divisão, 13, de terceira, cinco, de quarta, e até um de uma quinta divisão.
Entre os países, o primeiro colocado entre as somas a serem recebidas é a Inglaterra, com 46 times recebendo um total de US$ 37.713.297 (R$ 182 milhões). Na sequência, vem a Espanha, a Alemanha, a Itália e a França.
Na América do Sul, a liderança ficou com a Argentina, que embolsará US$ 2.118.909 (R$ 10,2 milhões), à frente do Brasil, que somou US$ 1.797.696 (R$ 8,6 milhões). O argentino River Plate foi o time do continente que liderou a lista, com US$ 1.204.547 (R$ 5,8 milhões), deixando o Flamengo em segundo – o Palmeiras foi o quarto colocado da América do Sul.
Em termos de confederações, a Conmebol só ficou à frente das entidades que regem o futebol da África (US$ 4.569.981/R$ 22 milhões) e da Oceania (US$ 95.816/R$ 459 mil). A entidade sul-americana somou US$ 5.842.969 (R$ 28 milhões), contra US$ 158.903.585 (R$ 767 milhões) da Uefa, a primeira colocada da lista.
A distribuição de parte do lucro da Copa do Catar faz parte de um programa de benefícios criado pela Fifa em parceria com a Associação dos Clubes Europeus, que vale até 2030. A estimativa é de que os valores alcancem US$ 355 milhões para as edições de 2026 e 2030 da Copa do Mundo.
“O Programa de Benefícios aos Clubes é um exemplo claro de como a Copa do Mundo da Fifa tem um impacto positivo sobre os clubes de futebol por todo o globo”, declarou o presidente da entidade, Gianni Infantino.