PF deflagra segunda fase de operação de repressão a crimes de abuso infanto-juvenil no Paraná e Goiás

Continuação das investigações da Operação Coruja das Torres possibilitou identificar quem produzia os registros da vítima, sua própria mãe.

Foz do Iguaçu/PR – Policiais federais deflagraram na manhã desta sexta-feira (05/07) a segunda fase da Operação Coruja das Torres, com o objetivo de reprimir crimes de abuso sexual infanto-juvenil. A operação resultou na prisão de um alvo já identificado e detido na fase anterior, além de uma mãe, em Goiás, apontada como produtora de imagens íntimas da própria filha de 9 anos.

Na primeira fase da operação, deflagrada em maio deste ano, foi cumprido um mandado na cidade de Foz do Iguaçu, onde o investigado foi preso em flagrante após a localização de imagens de abuso em seus aparelhos eletrônicos. As investigações comprovaram sua atuação desde 2016 no compartilhamento de imagens de abuso pela internet.

Com o prosseguimento das investigações, e com o apoio do material arrecadado na primeira fase, os policiais federais conseguiram identificar a fonte dos registros íntimos de uma das vítimas. Durante a análise do material, foi descoberto que o preso, que estava em liberdade provisória, tinha contato com uma mulher do interior de Goiás, mãe de duas crianças, e a orientava na produção de fotos íntimas da própria filha.

Em uma das conversas, o preso instruiu a mãe sobre como produzir os registros íntimos de sua filha de 9 anos. As investigações comprovaram que a mãe não só produziu, como também enviou diversos registros da filha menor de idade.

Diante da constatação do crime e da situação de vulnerabilidade da vítima, a PF, de forma urgente e prioritária, solicitou ao juízo a expedição de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra os envolvidos. A 5ª Vara Federal em Foz do Iguaçu expediu os mandados que foram cumpridos nesta manhã por 15 policiais federais em Foz do Iguaçu e no interior de Goiás, com o apoio da Polícia Civil e do Conselho Tutelar, para o resgate das filhas da investigada, visando sua proteção integral.

A mãe, que produziu e compartilhou as imagens da filha, pode enfrentar uma pena de até 14 anos de prisão, conforme os artigos 240 e 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Já o investigado, além desses delitos, responderá também pelos diversos compartilhamentos de imagens de abuso, conforme os artigos 241-A e 241-B do ECA, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão.

A PF ressalta que qualquer informação sobre esse tipo de crime pode ser denunciada através do canal de denúncias da instituição, com garantia de sigilo e anonimato.

 

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copy Protected by Chetan's WP-Copyprotect.