Prefeitura reforça a necessidade de isolamento social para prevenção do Coronavírus

O prefeito Chico Brasileiro e o vice-prefeito e secretário de saúde Nilton Bobato reforçaram hoje (28), durante o programa de rádio Foz em Ação, as recomendações para que todos cumpram o isolamento social necessário para conter a rápida disseminação do coronavírus, seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde.

O prefeito também pediu a união de toda a população e a compreensão do empresariado neste momento. “Não é vontade nossa estar com tudo parado, sabendo que isso prejudica a comunidade como um todo. Mas é uma realidade que temos que enfrentar. Até agora estamos acertando, dando uma resposta muito positiva neste enfrentamento. Na saúde a gente não tem que pagar pra ver, nós temos que agir preventivamente. Quero pedir a compreensão de todos, porque se errarmos agora, poderemos ter um prejuízo muito maior para as empresas. Temos que ter essa responsabilidade, esse olhar técnico”, afirmou.

Brasileiro relembrou que o município tem 121 casos suspeitos de coronavírus em análise, o que impede, neste momento, uma avaliação mais concreta da situação. “Até quarta-feira, nós teremos o resultado de todos os pacientes que fizeram o exame em Foz. Não podemos tomar nenhuma decisão sem saber se o vírus está circulando em Foz, e se temos ou não transmissão comunitária. Em cima desses exames, anunciaremos um plano mais detalhado, de como e quando será essa retomada”, adiantou o chefe do executivo.

Além disso, o município aguarda o credenciamento do Centro de Medicina Tropical, da Itaipu, ser autorizado para fazer os testes rápidos para Covid-19. A Unila (Universidade Federal da Integração Latino Americana) também busca este credenciamento para fazer os testes em até 6 horas no laboratório do Hospital Municipal.

Durante o programa de rádio, o vice prefeito Nilton Bobato condenou o chamado “isolamento vertical”, quando somente os grupos de risco (idosos e doentes crônicos) fazem o isolamento. “Vários países que não fizeram o isolamento ou adotaram estratégias de imunidade em massa, ou seja, não implantaram medidas restritivas, voltaram atrás das suas decisões. Nova York é hoje o epicentro da epidemia do mundo. Se nós não temos nenhum caso internado até o momento é justamente por isso, por esse cuidado, e devemos continuar assim para impedir o aumento de casos”, explicou.

Enfrentamento

A posição técnica médica segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde, considerando a importância do isolamento. Fabiana Aidar Fermino, Médica Hematologista e Professora de Medicina da Unila, destaca que é fundamental reforçar a informação. “A quarentena está ajudando muito, mas é necessário manter o rigor”.

Chefe do Departamento de Clínica Médica do Hospital Municipal, o médico Luiz Fernando Zarpelon destacou que um dos reais problemas do Coronavírus é ser transmitido muito facilmente. “Assim, o número de doentes cresce de maneira rápida, fazendo com que os hospitais não sejam capazes de internar adequadamente todos os pacientes que necessitam. Isso prejudica os pacientes, que não recebem o tratamento que receberiam se os serviços não estivessem superlotados”.

Isolamento social como estratégia

Vários países têm adotado o isolamento social. Desta forma, o número de casos novos cresce mais lentamente e permite que o sistema de saúde (público ou privado) atenda a todos os pacientes adequadamente, evitando a superlotação. Além disso, o isolamento social também protege as pessoas de risco (como idosos e pessoas com doenças crônicas) para que não sejam expostas ao vírus, uma vez que seus familiares (igualmente em isolamento) também não estão expostos.

Assintomáticos também podem estar doentes

“Não há estratégia de identificar os pacientes que carregam o vírus, mas não estão doentes (os chamados “assintomáticos”). Assim, não há como garantir o isolamento de todas as pessoas que transmitem o vírus. As sociedades médicas nacionais e internacionais recomendam fortemente que os brasileiros se mantenham em casa com o mínimo de contato possível com outras pessoas. É uma forma de garantir a saúde de nossos amigos, colegas, companheiros, pais e avós”, explica Zarpelon.

Atuação conjunta no Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus

O Hospital Municipal, Prefeitura de Foz, o curso de Medicina da Unila ea  Câmara Municipal de Foz do Iguaçu tem trabalhado conjuntamente no enfrentamento ao Coronavírus. “Para os casos necessários realizamos testes e tratamentos imediatos. Graças a grande adesão da nossa população e às medidas de isolamento social, os setores assistenciais do Hospital têm conseguido dar o atendimento adequado a todas as pessoas que nos procuram”, afirma Dr. Zarpelon.
 

(Texto: AMN e CMFI)

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