Presidente da Fifa pede que clubes da Inglaterra e Espanha cedam atletas para as Eliminatórias da Copa

Gianni Infantino, presidente da Fifa, pediu para que os clubes da Premier League e da La Liga liberem os atletas sul-americanos convocados para a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar com suas seleções. Na última terça-feira, os clubes de Inglaterra e Espanha afirmaram que não iriam ceder seus atletas por conta da situação da Covid-19 na América do Sul.

– Estou pedindo por uma demonstração de solidariedade de cada associação membro, de cada liga e clubes para fazer o que é correto e justo ao jogo global. Muitos dos melhores jogadores do mundo atuam na Inglaterra e Espanha e acreditamos que estes países compartilham da responsabilidade de preservar e proteger a integridade das competições esportivas – diz parte da nota.

Em outro trecho, Infantino afirma que entrou em contato com Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, apelando para que as restrições aos atletas que retornarem das Eliminatórias da Copa do Mundo sejam flexíveis.

– Sobre a questão da quarentena na Inglaterra aos atletas que retornarem dos países da lista-vermelha, eu escrevi para Boris Johnson e apelei por um apoio necessário para que os jogadores não sejam privados de representar seus países nas Eliminatórias.

Entenda a situação

Os clubes ingleses foram os primeiros a proibir que seus jogadores viajassem para países considerados na lista-vermelha da pandemia da Covid-19 pelo Reino Unido. Todas as pessoas que viajem até estes locais e retornem, devem passar por uma quarentena de 10 dias, o que faria com que os clubes ficassem sem seus atletas por algumas partidas.

Após a decisão da Premier League em permitir que os clubes vetassem a ida dos atleta sul-americanos para a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo, a La Liga, da Espanha, adotou a mesma medida. O Brasil, por exemplo, deveria convocar 12 novos atletas por conta destas restrições.

No primeiro semestre, a Fifa permitia que os clubes vetassem seus jogadores de entrarem em países considerados com alto risco de se contaminarem com a Covid-19. Esta medida provocou o adiamento de duas rodadas das Eliminatórias da América do Sul. No entanto, a entidade máxima do futebol já aboliu esta decisão.

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