Tudo começou quando a PM foi verificar a denúncia de som alto no início da madrugada desta quinta-feira, 12, na rua Gávea, no Bairro Morumbi III. De acordo com a Polícia Militar na casa acontecia uma festa. A equipe policial fez contato com a esposa do proprietário do imóvel, sendo que a senhora Isabel se prontificou em baixar o som.
De acordo com o relato, no momento que a moradora foi pegar o documento para confecção do Boletim de Ocorrência, “saiu da casa a pessoa de João Gonçalves de Miranda que de pronto se identificou como vereador e começou a questionar a ação policial, dizendo que era vereador e que ligaria para o comandante da unidade policial para resolver a situação, intimidando a equipe policial de serviço por conta de sua influência social como político local”.
Diante do número de pessoas que estavam na festa, os militares solicitaram apoio do oficial CPU (Comando do Policiamento da Unidade) Aspirante Battesini.
O Aspirante Battesini começou a dialogar com vereador João Miranda que novamente teria dito ao oficial que ligaria para o comandante do batalhão.
Foi então dado voz de prisão ao vereador João Miranda pelo crime de Tráfico de Influência e solicitado que entrasse na viatura policial para condução para a delegacia da Polícia Civil.
O vereador não acatou a ordem policial, quase iniciando um tumulto sendo informado que se não entrasse na viatura policial iria ser necessário o uso da força.
Durante o uso da força moderada, houve uma inflamação por parte das pessoas que estavam na festa, e em dado momento a filha do vereador Gabriela teria agredido o oficial CPU com socos no tórax e face, e adentrado na residência.
A equipe policial então adentrou ao imóvel e solicitou que a filha do vereador saísse para que também fosse conduzida à delegacia. Novamente houve uma inflamação por parte das pessoas que estavam na festa, as quais gritavam contra a equipe policial e exigiam mandado judicial para que a equipe entrasse no imóvel. A equipe policial explicou o motivo da entrada. Novamente foi solicitada a presença da filha do vereador que, finalmente, saiu da residência e foi encaminhada à delegacia para lavratura de um Termo Circunstanciado.
A filha do vereador, Gabriela Miranda é acadêmica do curso de direito.
Pai e filha foram encaminhados à 6ªSDP. O vereador, segundo a PM, vai responder por desacato e desobediência. Já Gabriela por agressão à equipe.
Gabriela assinou Termo Circunstanciado e foi liberada. Miranda pagou fiança de R$ 3 mil e também foi liberado.
Até o fechamento dessa reportagem, Miranda não apresentou sua versão sobre o ocorrido.
Fonte: Rede Massa